Masturbação na Era Vitoriana  

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Era uma vez um jovem, aprendiz de um artesão qualquer. Mas, aos 17 anos, ele foi acometido por um mal terrível, e a sua saúde começou a piorar. Tinha acessos da terrível doença diariamente, várias vezes. Tinha convulsões, o pescoço ficava tenso e inchado. Um ano mais tarde, tinha dificuldades para ingerir alimentos, e passava até 15 horas seguidas sem comer. Por causa da doença, deixou de trabalhar e ficou reduzido a miséria. Agora, ele parecia um zumbi. O seu corpo secou, com exceção dos pés, que incharam. O nariz sangrava, tinha problemas de vista e pulso acelerado. Além disso, ele começou a urinar na cama. Depois de passar várias semanas inconsciente, ele morreu.

Então, que doença que esse coitado pegou? Será que é comum? Tem tratamento?
O conteudo a seguir não é recomendado para pessas que ainda têm pesadelos com os absorventes de crochê, e também para crianças e mulheres grávidas. Saiba mais!

Notícias  

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Estou viva, estou de volta, muita coisa mudou. Diploma, trabalho, etc.
Vou tentar manter as coisas em dia

Esses Jovens...  

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Jornal russo, 1987.
Século XXI. "Veja só, querido, os jovens tão se vestindo de um jeito engraçado hoje em dia".


Mitsu Coudenhove-Kalergi  

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Mitsuko Aoyama, filha de um comerciante japonês, nasceu em 1874. Aos 17 anos, conheceu o Conde Heinrich von Coudenhove-Kalegri. A loja do pai de Mitsuko ficava perto da embaixada da Áustria, e o diplomata frequentemente vinha fazer compras ali. Um dia, seu cavalo escorregou no gelo, e a adorável filha do comerciante correu para ajudar o cliente...


Foi um caso de amor a primeira vista. Heinrich conseguiu convencer a família de Mitsuko a permitir que ela trabalhe na embaixada, e a pediu em casamento. Apesar de não ter nada contra a filha ser criada de uns estrageiros, o pai surtou ao saber do pedido de casamento.


O Japão somente começava a sua abertura à cultura ocidental, e uma união dessas era, definitivamente, revolucionária. Diziam as más línguas que o pai de Mitsuko consentiu com o casamento somente depois que o diplomata saldou as suas dívidas. Se casaram em março de 1892.


O casamento tinha suas vantagens. Assim, ela participou da várias recepções para esposas de diplomatas na corte imperial - onde ela não poderia nem sonhar em botar o pé, não sendo ela mesma de família proeminente.

Alguns anos mais tarde, o casal, já com dois filhos, voltou a Europa. Apesar do cosmopolitismo, orientalismo e todo o blá blá blá, a recepção na sociedade austríaca não foi das mais calorosas, e Mitsuko se dedicou mais aos estudos do que a vida social. Aprendeu francês e alemão, estudou matemática, geografia, história... Depois da morte do marido, em 1906, passou a tomar conta das propriedades da família, e da educação dos seus cinco filhos.


Morreu em 1941, jamais tendo retornado ao Japão.

Uma pequena homenagem a Mitsu... Perfume Mitsouko que, segundo se diz, foi inspirado pela sua história.

Flores  

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Tecido com estampas de flores, folhas ou buquês. Nos usamos, as nossas avós usavam... Mas quando é que estes tecidos surgiram?

Obviamente, há muito tempo. Estampas e ornamentos florais eram um enfeite comum desde sempre. O que variava era o estilo.

Flores de lótus no Egito Antigo, folhas de palmeira, na Grécia, vinhas estilizadas, tulipas e rosas, na Europa Renascentista... Guirlandas de flores nas barras, entrelaçamento de folhas e caules grandes, ou, pelo contrário, bem miúdos, cobrindo todo o tecido.

Podemos ver pequenos grupos de ornamentos florais espalhados pelo tecido nos quadros de Botticelli, por exemplo "Nascimento de Venus" - a minfa que estende o manto para Venus - também com florzinhas. Ou Flora, em "Primavera".


Até o século 18, ornamentos que cobriam quase todo o tecido eram mais populares. Por exemplo, na Inglaterra, país onde os jardins são parte inerente da cultura, justamente estes eram os favoritos. Mas não se limitavam a isso, variando de pequenos galhos até verdadeiros arbustos com flores bem grandes.


É curioso que, apesar da grande variedade de flores nos seus jardins, os ingleses preferiam tecidos com flores bastante estilizadas, e de algumas poucas espécies: cravos, tulipas, lírios, rosas e jacintos.


Nas primeiras dezenas do século 18, tudo muda. Vestidos volumosos, mas delicados, feitos de seda fina, exigem estampas não menos delicadas. O que pode ser melhor que pequenas flores?

As estampas tornam-se mais realistas, as flores, mais reconhecíveis. E, em algumas amostras de sedas, podemos contar mais de quarenta espécied de flores diferentes.


Se prestarmos atenção, podemos perceber o quão fino é o trabalho, todos estes buquês e folhagens. Como estão bastante espalhados pelo fundo claro, o tecido parece incrivelmente leve e festivo.

Anna Maria Garthwaite trabalhou na Inglaterra, na segunda metade do século 18. Ela desenhou um imenso número de estampas para tecidos de seda, e alguns dos seus desenhos sobreviveram, felizmente, até hoje. Se, até então, a moda inglesa era fortemente infuenciada pela França, agora, um estilo próprio havia se desenvolvido.


Além dos próprios ornamentos, desenvolvem-se também as tecnologias de sua crianção. Podem ser bordados ou tecidos, as vezes de forma extremamente complexa.


Mas o resultado é caro, e as mulheres menos abastadas também querem estar na moda. Então, surgem ornamentos estampados: basicamente, impressos ou pintados no tecido.


Tecidos pintados a mão surgiram na Europa no início do século 17, quando o comércio com a Índia começou a se desenvolver. E a arte de pintura em tecido havia sido desenvolvida ali por milênios. Tecidos leves e coloridos, que não desbotavam, se tornam extremamente populares.


Tecidos pintados a mão são caros, e as estampas começam a ser impressas com ajuda de tábuas entalhadas e pintadas. A impressão havia se desenvolvido o suficiente para permitir imitar, not tecidos de algodão, os elegantes desenhos dos tecidos de seda.


No início do século 19, estas técnicas se aperfeiçoam ainda mais, permitindo realizar em minutos o trabalho que levava horas. Além disso, se antes usavam-se corantes naturais, muito caros, novos materias passaram a ser usados, tornando tecidos estampados acessiveis a todos.


E as flores continuam sendo populares. Estampas florais são incorporadas, agora, ao dia a dia.



Não só nos vestidos... Homens usam coletes com flores estampadas ou bordadas, as flores tomam conta dos forros dos moveis, das roupas de cama e de mesa.


Tecidos floridos são tão acessíveis que a estampa de flores miudas cobrindo todo o tecido pasa a ser chamada de "camponesa".


Um outro nome para tecidos com estampas florais é "liberty". A empresa textil inglesa com este nome surge na metade do século 19.

 

Se, no final do século 19 e início do século 20, seus tecido florais não são muito requisitados, em 1930, as flores delicadas sobre o fundo claro voltam com tudo. A estampa tradicional de Liberty torna-se popular e reconhecível, correspondendo ao desejo de feminilidade e suavidade no vestuário e aparência.

Azul Claro  

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O céu pode ser muito diferente. Azul pálido ou mais forte. Turquesa ao anoitecer... Há muitos tons de azul claro, mas este é, antes de tudo, a cor do céu.


Ou a cor do segundo elemento, água.


Não é de se surpreender que ele entrou na história como a cor do divino, da eternidade, do ideal, do mistério. Azul claro é uma cor romântica e espiritual.

Tal como o verde, o azul é a cor da natureza.

Na Idade Média, o azul claro parecia meio apagado e sem graça em comparação com tons mais fortes que estavam na moda, mas aos poucos as pessoas começaram a valorizar a sua beleza. Roupas dos camponeses e capas dos reis, vestidos do dia-a-dia e de gala, brasões dos cavalheiros, uniformes - sempre há um cantinho para o azul claro.


No século 17, tornaram-se comuns quadros retratando senhoras não em trajes de gala, mas em vestidos caseiros. O corpo revelado mais do que o normal, e inúmeras dobras dos tecidos claros sublinhavam a beleza fora do tempo e da época.


Às vezes, elas representavam deusas da mitologia grega ou romana, outras, pastoras ou santas.


E, ao olhar para o retrato da nova amante do rei, cujos ombros estavam envoltos em um manto azul claro, cor da Virgem, ou que estava vestida de azul claro, cor da fidelidade, muitos refletiam sobre os pecados, erguidos tão alto que se tornavam um mérito, não uma falta...

Se bem que outras damas usavam o azul inocente merecidamente.


Homens também não faziam cara feia para essa cor. Casaco, calças, laços da cor do céu produziam um belo efeito visual. Ah, e as capas azuis dos mosqueteiros do rei?




O século galante, admirador de cores suaves e delicadas, foi o ápice do azul no vestuário. Cavalheiros e damas de azul, vestidos, coletes, forros, laços e fitas, chapéus...


Às vezes, vestiam-se de azul claro da cabeça aos pés, ou adicionavam somente uma gotinha de azul.


O início do século 19 foi o reino do branco, e depois de cores mais fortes, mas o azul claro não foi esquecido.


Nas décadas de 30 e 40, o azul era, ainda, uma das cores mais populares. Vestidos de gala, forros, capas...


O azul claro adicionava alegria ao preto, digamos "mantos de tafetá preto com forros de tecido azul ou rosa", ou talvez um chapéu de seda preta com uma flor ou um laço azuis.




Os anos 50 não ficavam para trás: "vestido azul claro de tecido chinês, com flores brancas miúdas, corpete a Luis XV. Na cabeça, um pequeno enfeite de fitas azuis claras também".


Na década de 1860, acompanhando o desenvolvimento de corantes artificiais, as roupas passaram a ter corres tão fortes que, de acordo com um historiador, eram "não só berrantes, mas brigavam desesperadamente entre si".

Podemos entendê-lo, quando se anda entre "vestidos roxos roxos demais", "púrpuras ou vermelhos, como papoulas, e verdes, cor da grama", a vista se cansa.




Mas havia uma cor que, por mais forte que fosse, não irritava. Azul claro. Por mais intenso que fosse, ainda assim é agradável para se olhar.


Emile Zola descreveu, em um dos romances, a Imperatriz Eugenie, famosa beldade que ditava a moda na França: "Usava um vestido simples de seda azul claro com túnica de rendas brancas. Ela caminhou lentamente ao longo da linha de senhoras, sorrindo e balançando graciosamente o pescoço nu, enfeitado somente com uma fita de veludo da cor do vestido com um coração de diamante".

Eis um vestido de corte "princesa", cuja proprietária estava vestida, certamente, de acordo com a última moda de 1878. Sem dúvida, afinal o modelo recebeu o seu nome em homenagem à jovem princesa de Wales, e o tecido azul claro com detalhes dourados também não deixa nada a desejar.


Alias, sobre combinações de cores.
 
Rosa e azul claro eram, no passado, uma combinação bastante comum. Hoje em dia é um pouco arriscado, mas numa época em que vestidos eram parecidos com sobremesas, era definitivamente bonito.


Emma, personagem do romance homônimo de Jane Austen, tentava provar que "uma fita azul, mesmo que seja de beleza celestial, jamais vai combinar com tecido amarelo". A jovem, sempre cheia de opiniões, errou dessa vez: como sempre, tudo depende dos tons.


Azul claro e bege é uma versão ainda mais elegante. 

 
No início do século 20, o azul claro, cor do ar e da água, transformava mulheres em fadas.

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