No final do século 17 e durante o século 18, os bolsos eram uma peça de roupa separada do resto. Eram amarrados por cima das anáguas, ajustados de forma a coincidir com pequenos recortes que havia nas laterais do vestido.
Séc. 18, Bolsos, Inglaterra
Os bolsos eram feitos de linho ou algodão. Apesar de não aparecerem, eram decorados com bordados - afinal, é que nem a roupa de baixo, mesmo que ninguem veja, você se sente bem usando uma bonitinha. Alias, os bolsos poderiam ser dados de presente.
No século 18, as mulheres carregavam, nos bolsos, tudo o necessário - dinheiro, chaves, perfumes, sais, leques... Não era fácil alcançar o bolso alheiro, mas certos ladrões vangloriavam-se de quão habilmente conseguiam enfiar a mão por baixo das saias de uma senhora destraida e cortar seus bolsos.
Quando, no final do século 18, as roupas tornaram-se mais justas, tornou-se problemático usar bolsos. As mulheres começaram a experimentar com bolsos externos, mas isso também não dava muito certo. Tentaram enfiar os leques por baixo do cinto, e guardar as moedas no decote - novamente, nada muito prático. Finalmente, surgiram as bolsinhas que na França eram conhecidas como réticule, e na Inglaterra eram chamadas de indispensables.
Inicialmente, lembravam os bolsos de antes, tanto em formato quanto nos materiais usados. Mais tarde, as senhoras usavam bolsinhas de seda e veludo, bordadas com miçangas e fios dourados. Por volta de 1815, surgiram as bolsinhas de couro com fechos metálicos. Mais ou menos na mesma época, popularizaram-se bolsas metálicas que lembravam cota de malha de metal, sendo que as argolas poderiam ser feitas tanto de aço, quanto de prata.
Séc. 18, Bolsa de seda, entre um bolso e um réticule, Inglaterra
Séc. 18, Bolsa de crochet
1819, Réticule de couro, Inglaterra
1850, Bolsa de seda, Inglaterra
1816, Inglaterra