DOLLS: Noivas na Idade Média  

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Com um pouco mais de imagens que o original, na verdade.

O casamento, durante a Idade Média, era frequentemente muito mais do que apenas uma união entre pessoas. Poderia ser uma aliança entre famílias ou mesmo países. Assim, muitos casamentos – e absoluta maioria dos casamentos sobre quais temos alguma informação, da nobreza e da realeza – eram mais uma questão de política que de amor. Assim, esperava-se que o traje da noiva refletisse mais a riqueza, o poder e as tradições da família dela do que, por exemplo, a personalidade e os gostos. Assim, noivas de famílias abastadas usavam vestidos de cores fortes e tecidos caros, camadas de peles, veludo e seda.

Casamento de Bohemond de Antioquia e Constança da França, em 1104.

Casamento de Leonor da Aquitânia e Luis VII, em 1137.

Casamento de Filipe III com Maria de Brabant, em 1274.

Casamento de Luis X e Clemência Hongrie, em 1315.

Casamento de Carlos IX e Maria de Luxemburgo, em 1322.

Casamento por volta de 1350.

Casamento, 1369.

Casamento de Ricardo II e Anna de Bohemia, em 1382.

Casamento de Margarita d'Anjou e Henrique VI, em 1445.

Já uma noiva camponesa vestia-se de verde ou azul. Como era uma ocasião festiva mesmo para as classes mais baixas, esmerava-se sempre no traje, o quanto as posses da família permitissem. Usava-se materiais mais simples, mas tentava-se imitar o máximo possível o estilo da nobreza.

Na verdade, até o século XV, não existia um vestido de noiva tal como o conhecemos atualmente. A noiva muitas vezes simplesmente escolhia o mais bonito e caro dos seus vestidos.

No final da Idade Média, surgiu a moda de usar um vestido novo (e mais suntuoso que todos os outros vestidos que a noiva tinha). Este vestido era incluído no contrato nupcial – descrevia-se minuciosamente de que tecido deveria ser feito, como deveria ser decorado, que peles deveria ter. A quantidade e a qualidade dos materiais era fixada. As cores eram escolhidas pela família do noivo, mas os tons de vermelho estavam entre as mais populares: vermelho simbolizava paixão.

Assim, o vestido de noiva gótico obrigatoriamente incluía um espartilho, cintura alta, decote triangular e, obviamente, mangas compridas – modelo conhecido como Cotehardie. A cor poderia ser qualquer uma, e normalmente optava-se pelo “quanto mais colorido, melhor”. Os corantes eram caros, e o colorido era sinônimo de riqueza.


A aparência da noiva deveria também seguir a moda (e dava-se particular atenção a isso). Depilavam-se os cílios e as sombrancelhas, para aumentar visualmente a testa. E nada de maquiagem, que era proibida pela Igreja. Na cabeça, um hennin, um chapéu cônico bem pesado, com um véu de seda até o chão. Para que o hennin não caia, as noivas mantinham-se sempre cabisbaixas. O look era completado por sapatos com pontas compridas.

Último mas não menos importante, no final da Idade Média, a gravidez estava em moda. Todas as mulheres tinham, no seu guarda roupa, uma barriguinha de grávida postiça, e essa indumentária era indispensável para uma noiva!

Jan van Eyck, o casal Arnolfini, 1434.

DOLLS: Da Idade Média à Era Vitoriana  

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E estamos de volta com essa coluna de moda histórica. E, falando em história, uma coisa que se vê muito é revival. Revival dos anos 50. Revival dos anos 60. Enfim :)

Assim, no final do século 19, surge um movimento literário e artístico apelidado desdenhosamente de decadentismo: o Simbolsimo. Marcadamente místico, resgatou o lado mais gótico e sombrio do Romantismo. Fora da esfera das artes, influenciou também a moda da época.

Um curioso resultado deste revival é um modelo de sapatos conhecido como "Julieta" (a versão masculina, como era de se esperar, chamava-se "Romeu"), uma releitura vitoriana dos calçados medievais, muito comum na virada do século 19. A sua principal característica é o profundo corte lateral em formato de V.

1892, Julieta

Eis um belo exemplo dessa moda, um par de sapatinhos da loja americana Rosenbloom's, feitos de couro, da coleção do Metropolitan Museum of Art. Parecem uma espécie de chinelos para se usar em casa, por causa do design exagerado, e por não serem muito justos.

Para comparar, uma reprodução dos sapatos medievais, pescada na Berkanar, já que sapatos medievais "de verdade" são meio mal conservados:

Reprodução de sapato medieval

Há algumas variações, mas o padrão e sempre o mesmo: a ponta para cima e os recortes em V.

Por mais que tanto na Idade Média quanto na Era Vitoriana as mulheres usassem vestidos até o chão, não deixavam de caprichar nos detalhes. Pois é, imaginem uma senhorita vestida à moda dos anos 90 do século retrasado e sapatinho de duende :)

Verdadeiro Steampunk II  

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Continuação do post anterior, com mais steampunk vitoriano.

1880 - 1885. Jaqueta

1885. Casaco

1887. Espartilho

1891 - 1892. Casaco

1896 - 1898. Roupa para ciclismo

1897 - 1899. Saia e jaqueta

1897 - 1898. Capa

1898 - 1905. Casaco

 1898 - 1900. Jaqueta

1899 - 1900. Botas

1900. Saia para ciclismo

Veja também: Verdadeiro Steampunk I

Verdadeiro Steampunk I  

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A palavra que melhor define o estilo steampunk é retrofuturista. "Retrô", pois as pessoas que seguem esse movimento procuram viver costumes do Império Britânico, durante o reinado da Rainha Victória e "futurista", porque -- como eles não vivem mais naquela época -- eles tentam adaptar, por exemplo, eletrônicos modernos para o estilo daquela época. Boa parte das modificações feitas por steampunkers tem elementos da revolução industrial como engrenagens, itens que lembram máquinas a vapor, elementos de ferro em tom dourado, madeiramento, entre outros.

Abaixo, segue uma pequena coletânea de sapatos e vestimentas das eras Vitoriana e Edwardiana, que de certa forma encaixam-se na imagem que atualmente temos do steampunk.

1890 - 1900. Botas

 1890 - 1910. Botas de Caça

 1891. Jaqueta

1899. Jaqueta


1900. Sapatos

1900. Redingote

1900. Jaqueta

 1900. Botas

1900 - 1915. Googles

1900 - 1910. Botas

1901. Casaco


Veja também: Verdadeiro Steampunk II

DOLLS: Fashion Plates  

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Mas, afinal das contas, qual a utilidade disso e o que isso tem a ver com dolls? Tudo a ver, afinal materiais sobre moda do passado podem servir de excelente referência e também de fonte de idéias para dolls, fantasias, cosplays e por aí vai. Fora a curiosidade, afinal, você nunca parou para pensar de como e quando foi inventada essa roupa que você usa?

E, para começar, vou introduzir uma das principais referências no que diz respeito aos séculos 19 e 20: Fashion Plates, ou gravuras de moda. São gravuras publicadas em revistas de moda da época e, muitas vezes, coloridas a mão. Afinal, num tempo em que a fotografia ainda não existia ou era muito primitiva, o pessoal não tinha nenhum outro recurso além da gravura para levar as últimas novidades para as interessadas. Algumas das Fashion Plates são verdadeiras obras de arte, com detalhes riquíssimos, e cores de deixar muita gente se mordendo de inveja.

New York Yacht Club Costumes
1887, Godey's Fashions

Não deixe de clicar na imagem para vê-la no tamanho grande. Esta é uma gravura da revista americana Godey's Fashions, de 1887, mostrando dois vestidos no estilo marinheiro, para seguir as tendências da moda atual.

É uma excelente referência para dolls, quase tão boa quanto uma foto, por exemplo: a gravura retrata bem o caimento e as dobras do tecido, e dá uma boa idéia do sombreamento.

Se você quiser buscar mais gravuras por conta própria, há vários sites que disponibilizam grandes coleções de Fashion Plates. Um dos melhores é Los Angeles Public Library, com quase 7000 imagens.

1876  

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1868  

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Observem a saia mais curta da menina: somente as jovens poderiam mostrar as canelas.

Johann Heinrich Füssli  

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Johann Heinrich Füssli, também conhecido como Henry Fuseli ou Fusely (Zurique, 7 de Fevereiro de 1741 - Putnry Hill, 16 de Abril de 1825) foi um pintor suíço.

Após estudar com o pai, que também era pintor, foi obrigado a deixar a sua cidade natal, Zurique, na Suíça em 1763 por motivos políticos/religiosos - era pastor, mas foi expulso de sua Igreja devido à ousadia de seus sermões. Seguiu então para a Alemanha, onde estudou estética com Sulzer. No ano seguinte, Füssli passa a viver na Inglaterra. Entre os anos de 1769 e 1778, vive na Itália, particularmente em Roma, onde passou a copiar as obras de artistas antigos e de Michelangelo. Na volta à Inglaterra, dedicou-se tanto aos trabalhos em pintura como aos literários, tornando-se representante do romantismo inglês.

Com o pai, historiador de arte e propagador das teorias de Mengs e Winckelman, Füssli aprendeu os princípios básicos das obras da antigüidade clássica e do renascimento. Entretanto, desde o princípio seu estilo foi bem diferente. A arte pictórica de Füssli, marcada pelo aspecto passional, pelo interesse dedicado às emoções e aos estados de ânimo, assinala um dos primeiros exemplos típicos da sensibilidade romântica. Em geral, tirava seus temas das obras de Shakespeare, que admirava. Sua pintura se caracterizou por uma composição dramática e ao mesmo tempo dinâmica, embora leve, quase neomaneirista.

Durante sua estada na Itália, com o objetivo de estudar de perto os grandes mestres, deixou-se cativar por Rosso e Pontormo, e muito particularmente por Michelangelo. Seus personagens solitários parecem prestes a ser devorados por uma realidade de cores escuras em que se movimentam e que lembra muito os quadros de Goya, paradigma do espírito romântico.

Füssli colaborou com inúmeras telas para uma galeria shakespeariana e para uma galeria miltoniana, compondo em cinqüenta quadros uma representação do Paraíso Perdido, de Milton. Em 1790, era membro da Royal Academy e sua obra constitui um importante elo entre o Neoclassicismo e o Romantismo.

Entre seus trabalhos mais conhecidos, estão: A três bruxas de Macbeth, de 1783, Sonho de uma noite de verão, de 1788, O pesadelo, de 1782 e O Despertar de Titânia, 1775, algumas como representações macabras do amor não correspondido, que era um dos impulsionadores do movimento romântico.
(A bibliografia foi roubada da Wiki).

Não posso deixar de adicionar que acho as mulheres das pinturas dele totalmente assustadoras e macabras.

Algumas obras...

1894  

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