A introdução
do vestuário ocidental durante a era Meiji (1868-1912) é uma das mais marcantes
transformações que a moda japonesa sofreu.
Desde o
tratado de 1854, permitindo o comércio com os Estados Unidos, os japoneses começaram
a adotar, com bastante entusiasmo, estilos e práticas dos paises ocidentais. Até
então, Japão havia se isolado economicamente, politicamente e culturalmente do
Ocidente, mas o novo governo sentiu necessidade de uma rápida mudança, para
transformar o país numa potência moderna. O imperador Meiji instituiu um
governo parlamentar, e introduziu ensino e tecnologias ocidentais no Japão,
expondo a população a novas influências (com um impacto impressionante na vida
das pessoas). Esta modernização encorajou os japoneses a usarem roupas
ocidentais, que se tornaram o símbolo do desenvolvimento e progresso.
Os homens
foram os primeiros a adotar a nova moda, com os novos uniformes militares, que
seguiam os padrões britânicos e franceses. De modo similar, a partir de 1870,
funcionários do governo – policiais, funcionários das ferrovias e dos correios –
foram obrigados a vestir ternos ocidentais. Até mesmo na corte, roupas
ocidentais tornaram-se obrigatórias para os homens (1872) e para as mulheres (1886).
O imperador e a imperatriz estavam na dianteira, usando roupas e penteados
ocidentais em todos os eventos oficiais.
Pessoas da
alta sociedade seguiram o exemplo, comparecendo aos bailes em roupas
europeizadas. Até as décadas de 80 e 90, praticamente toda a sociedade adotou a
nova moda, principalmente os homens. Entre as mulheres, o uso de roupas
ocidentais limitava-se a nobreza e as esposas dos diplomatas. Os kimonos
continuaram dominando no começo da era Meiji, contudo tanto homens quanto
mulheres combinavam-nos com acessórios ocidentais (por exemplo chapéus e jóias).
Para a sobremesa, mais algumas gravuras, com retratos da família imperial, imagens de bailes e festas e páginas de revistas de moda.