Virginia Oldoini (1837–1899)
O que é
beleza afinal? É uma questão bem complicada, e de alguma forma suspeito que várias
entre as mulheres consideradas bonitas hoje em dia definitivamente não o seriam
durante a Renascença ou a Idade Média. Mas enfim, não vamos apontar o dedo ejogar ovos podres.
O padrão de
beleza feminina vitoriano pode ser resumido em duas palavras: redondo e suave.
Uma mulher bonita tem um rosto redondo, e um pescoço não muito comprido. Seus
ombros são suavemente arredondados, não muito largos, seus seios são
exuberantes, seus quadris são lagos, contudo a sua cintura é marcada e fina. Ela
é alta, mas seus pés e mãos são delicados e pequenos.
Cora Pearl (1835–1886)
Mais para o
final do século, começou a obsessão pela magreza, e pela aparência frágil de
modo geral. Afinal, sem o contraste da crinolina, a aparência de vespa era difícil
de se atingir. Elisabeth da Áustria, considerada uma das mais belas mulheres do
seu tempo, pesava somente 50kg – e tinha 1.72m de altura.
Zinaida Yusupova (1861-1939)
Tal como
nos períodos anteriores, também durante a era vitoriana, a pele alva era algo
aristocrático. Significava, basicamente, que a mulher era podre de rica e não
precisava trabalhar o dia todo no sol, algo que poderia resultar num
extremamente vulgar bronzeado.
Nataliya Pushkina-Lanskaya (1812-1863)
As mulheres
usavam luvas e sombrinhas para se proteger do sol, quando não era possível evitá-lo.
Uma pele alva e translúcida era tão desejada que algumas chegavam a pintar
linhas azuis bem claras e, que aparentavam as veias transparecendo sob a pele.
Mais tarde, quando também a palidez entrou na moda, algumas chegavam a tomar
vinagre para atingir o efeito desejado.
Os cabelos
eram considerados a glória da mulher. Por isso, eram raramente – ou nunca –
cortados, e aquelas com menos cabeleira apelavam para cachos falsos.
Elisabeth of Austria (1837–1898)
Curiosamente,
nota-se, em fotografias de época, que todas as nossas antepassadas eram umas
barangas e tanto, mesmo se deixarmos de lado o fato de que precisavam ficar
presas em suportes especiais para não se mexerem enquanto eram fotografadas. A
explicação é simples: enquanto hoje em dia as mulheres recorrem a cosméticos
para acentuar o que tiverem de bonito e esconder as imperfeições, as senhoras
vitorianas tinham que se virar com a própria cara. A maquiagem não era bem
vinda. Era utilizada, é claro, mas de forma muito discreta, com cores suaves e
naturais. A maquiagem mais forte era usada somente por atrises e cortesãs.
Maria Teresa de Bragança (1855-1944)
Mas o fato é que as pessoas falam, descrevem, e depois todos proclamam uma mulher nada a ver com os critérios propostos como a mais bela. Assim, uma pequena galeria de imagens de mulheres do século 19 que eram consideradas bonitas e atraentes.
Lola Montez (1821-1861)
Alexandra Nikolaevna (1825–1844)
Catherine Walters (1839–1920)
Maria Feodorovna (1847–1928)
Lillie Langtry (1853–1929)
Liane de Pougy (1869–1950)
Geneviève "Ginette" Lantelme (1887-1911)